Lições das Enchentes no Rio Grande do Sul
- Alan Giovani de Moraes
- 13 de mai. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 8 de ago. de 2024

Imagina só! Maio de 2024. O Rio Grande do Sul enfrenta uma das piores enchentes de sua história. Mais de 800 mil pessoas no escuro, mais de 50 cidades praticamente isoladas, as maiores operadoras de telefonia do país foram pro espaço. Milhares de pessoas sem comunicação, sem saber o que estava acontecendo lá fora.
Agora pensa na cena: famílias inteiras sem luz, sistemas elétricos destruídos, móveis e eletrônicos boiando na água suja. E não para por aí. Além da falta de energia e comunicação, as enchentes tornaram impossível o acesso ao básico – água potável, comida, remédios, abrigo. Aquele cenário pós-apocalíptico que ninguém quer viver, mas que, para muitos gaúchos, virou realidade.
Esse desastre escancarou uma verdade que a gente não pode ignorar: precisamos de soluções locais e personalizadas para proteger e fortalecer nossa infraestrutura elétrica. E aí que entra o exemplo de Nova Orleans, lá nos EUA.
Em 2005, o furacão Katrina devastou a cidade. A missão de reconstruir não foi só estrutural, mas de resiliência. Eles entenderam que, para enfrentar eventos extremos no futuro, era preciso pensar diferente, ser inteligente. Foi aí que os caras dos Sandia National Laboratories ( Laboratórios de Pesquisa de Desenvolvimento da Administração Nacional de Segurança Nuclear (NNSA) do Departamento de Energia do EUA) e Los Alamos se juntaram com a cidade e, usando cenários históricos de furacões, criaram uma ferramenta para modelar como as tempestades causam inundações, interrompem o sistema elétrico e isolam comunidades.
E qual a sacada genial? As Micro-redes. Áreas de infraestrutura elétrica robusta que conectam vários edifícios com um sistema de geração de energia localizada. Em outras palavras, mesmo que a rede elétrica da cidade inteira caia, esses lugares continuam funcionando. Postos de gasolina, hospitais, farmácias – todos equipados com micro-redes para garantir que o básico continue disponível para a galera.
Esses centros de micro-redes são a chave. Eles mantêm os serviços essenciais para os vizinhos locais, garantindo que, mesmo no caos, a comunidade consiga se adaptar, responder e se recuperar rapidamente.
“Quando você descobre como manter a energia ligada, você também habilita todos os outros serviços que as instalações poderiam fornecer,” disse Robert Jeffers, cientista da Sandia National Laboratories. A verdade é essa: a energia é a base. Sem ela, todo o resto desmorona.
O Rio Grande do Sul nos mostrou que precisamos acordar. É hora de investir em resiliência, pensar fora da caixa e garantir que, quando o próximo desastre bater na porta, estaremos prontos. Porque no final das contas, é disso que se trata: proteger o que é essencial para que possamos reconstruir e seguir em frente, mais fortes do que nunca.
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